BRASIL TEM AUMENTO DE 26% EM CASOS DE INFARTO
Dados do Sistema Único de Saúde (SUS)
mostram aumento de 25% no total de internações por infarto no Brasil,
nos últimos seis anos. Passando de 81.505 casos, em 2016; para mais de 100 mil,
em 2022.
Para discutir possibilidades para reverter esse cenário,
especialistas participam nesta semana, aqui no Rio de Janeiro, do Encontro
Internacional de Cardiologia Intervencionista, maior evento na América Latina
dedicado ao tema.
Para o cardiologista Roberto Botelho, diretor de comunicação
da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, a saúde
do coração é um dos maiores desafios na área da saúde.
“Há um estudo feito em 60 países que mostrou que quanto
menor a renda per capita e o nível educacional de uma população, pior os
indicadores da saúde cardiovascular, maior a mortalidade por infarto,
maior a hipertensão, maior epidemia. Por isso por isso fica
quase que automático a gente supor – e dados mostraram isso – que a saúde
cardiovascular do brasileiro vai mal e vem piorando.
O especialista avalia que é urgente investir em recursos
tecnológicos como forma de prevenção e tratamento. E ressalta a
importância de um olhar mais atento para os efeitos das doenças
cardiovasculares. “Não só pelo gasto de saúde direta, consumo com remédio, UTI,
como pelo pelo gasto com medicamentos, mas como o gasto das economia, por causa
do custo secundário. A pessoa que tem a doença trabalha menos, produz menos. O
impacto de um PIB no país é bastante afetado
A boa notícia, de acordo com Roberto Botelho, é que 85 por
cento dos riscos que levam a doenças cardiovasculares podem ser evitados com
hábitos saudáveis.
“Só 15% que a gente não consegue modificar. Você consegue
modificar o fato de ter na família uma genética de doença cardiovascular. Então
qual é a melhor prática? Aí vem uma notícia muito boa: se você pratica
exercícios, toma cuidado com seu intestino e procura uma comida mais
saudável, se aplica técnicas para diminuir o estresse, isso são medidas
baratas que dependem muito mais da vontade de disponibilizar um tempo para
aquilo e priorizar. Com isso, a gente consegue uma transformação muito
impactante na saúde populacional e individual. ”
Fonte: Ponta Negra News
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