MORRO DO CARECA TEM RISCO 'MUITO ALTO' DE DESLIZAMENTOS, APONTA RELATÓRIO
Um relatório produzido pelo
Serviço Geológico do Brasil (SGB) a pedido do Ministério Público Federal (MPF)
constatou intensificação das erosões e risco “muito alto” de deslizamentos no
Morro do Careca, na praia de Ponta Negra, em Natal. A duna é um dos principais
cartões postais do Rio Grande do Norte.
O relatório enviado ao
Ministério Público Federal no dia 13 de setembro recomenda que o acesso ao topo
do morro permaneça restrito a técnicos e pesquisadores. Além disso, recomenda
que a área isolada em frente à duna, no nível da praia, seja ampliada.
Segundo o SGB - empresa
pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia - o relatório
"Avaliações Geotécnicas em Atrativos Turísticos – Morro do Careca e
Adjacências, RN" é resultado de uma vistoria técnica realizada no local em
atendimento a uma solicitação do MPF, enviada em julho.
A instituição reforça que o
morro tem sofrido erosões provocadas pelo contato da água com a falésia que
sustenta a duna e que o cenário gera um alerta para os riscos geológicos que
podem afetar a segurança dos frequentadores da praia.
“Os deslizamentos podem ser
de areia, tombamentos de blocos da falésia, ou queda/rolamento de blocos
rochosos”, indica o documento.
Os estudos ainda apontam
que o risco é restrito às áreas próximas à base do Morro do Careca, o que facilita
as medidas de prevenção.
Ainda de acordo com o
relatório, a tendência é que o processo de erosão costeira continue a
comprometer a base da falésia e, desse modo, faça com que “mais sedimentos
arenosos da duna deslizem e tragam consigo grandes fragmentos de blocos
rochosos com potencial para provocar graves danos aos frequentadores do local”.
Entre as medidas de
prevenção, os pesquisadores também sugeririam a instalação de mais placas
informativas sobre os riscos geológicos existentes no local e a realização de
estudos geológicos-geotécnicos específicos a respeito da erosão costeira no
local. O objetivo é, a partir do estudo, determinar a melhor intervenção a ser
feita para preservar a base da falésia.
No relatório, os
pesquisadores destacam que está em andamento o projeto de “engorda” da praia,
com o alargamento da faixa de areia, mas informam que o SGB não teve acesso às
informações e, por essa razão, não é possível afirmar se a intervenção vai
solucionar ou minimizar o processo de erosão.
Fonte: g1 RN
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