RITA LEE, RAINHA DO ROCK BRASILEIRO, MORRE AOS 75 ANOS

Rita Lee, uma das maiores cantoras e compositoras da história da música brasileira, morreu no fim da noite desta segunda-feira (8), aos 75 anos, em sua casa, em São Paulo. Ela foi diagnosticada com câncer de pulmão em 2021 e vinha fazendo tratamentos contra a doença.

O velório será aberto ao público, no Planetário do parque Ibirapuera, em São Paulo. A cerimônia está marcada para quarta-feira, (10), das 10h às 17h, informou a família por meio de uma publicação na página da cantora no Instagram.

O corpo da cantora será cremado em uma cerimônia restrita à família.

Rita ajudou a incorporar a revolução do rock à explosão criativa do tropicalismo, formou a banda brasileira de rock mais cultuada no mundo, os Mutantes, e criou canções na carreira solo com enorme apelo popular sem perder a liberdade e a irreverência.

Sempre moderna, Rita foi referência de criatividade e independência feminina durante os quase 60 anos de carreira. O título de “rainha do rock brasileiro” veio quase naturalmente, mas ela achava “cafona” - preferia “padroeira da liberdade”.

Irreverente, a cantora escreveu sobre sua morte, bem ao seu estilo: "Quando morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta. Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá. Fãs, esses sinceros, empunharão meus discos e entoarão ‘Ovelha Negra’, as TVs já devem ter na manga um resumo da minha trajetória. Nas redes virtuais, alguns dirão: ‘Ué, pensei que a véia já tivesse morrido, kkk", pontuou.

O trecho faz parte de sua autobiografia, escrita em 2016, na qual relata tanto passagens divertidas, a exemplo das travessuras na infância e na adolescência, quanto trágicas, como o abuso de álcool e drogas e o estupro que sofreu aos seis anos por um técnico que foi a sua casa consertar uma máquina.

Fonte: Tribuna do Norte

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