TERREMOTO NA TURQUIA SE TORNA O MAIS LETAL DO PAÍS APÓS MAIS DE 35 MIL MORTES

O terremoto de magnitude 7,8 que atingiu a Turquia na semana passada se tornou o mais letal da história do país. Segundo o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, o número de óbitos em decorrência do sismo no território atingiu a cifra de 35.418 nesta terça-feira 14, ultrapassando a marca de 33 mil mortos do desastre de 1939.

Enquanto isso, cresce na Turquia o temor de que a catástrofe seja usada pelo governo como desculpa para uma escalada autoritária –há 20 anos de poder, Erdogan é acusado de erodir a independência do Judiciário, corroer a liberdade da imprensa, e enfraquecer o respeito aos direitos humanos no país.

Já na Síria, onde o terremoto agravou um contexto já devastado por quase 12 anos de guerra civil, foram registradas cerca de 5.800 mortes, fazendo com que, juntos, os dois países somem mais de 41 mil óbitos.

Com o passar dos dias, os resgates em ambos os países têm se tornado menos frequentes, embora histórias de vitímas que passaram dias soterradas pelos destroços antes de serem salvas tenham começado a emergir.

O foco das operações se torna, então, o apoio a sobreviventes e a reconstrução da infraestrutura sanitária das regiões atingidas, danificadas ou inoperáveis em razão dos tremores. Autoridades agora enfrentam a tarefa de tentar impedir doenças de se alastrarem e tirarem ainda mais vidas.

Milhões necessitam de ajuda humanitária –muitos deles perderam suas casas no meio do inverno. Também nesta quarta 15, a OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou estar especialmente preocupada com a situação no noroeste da Síria, área dominada por rebeldes e com poucas vias para a chegada de ajuda humanitária.

No início da semana, o ditador sírio, Bashar al-Assad, permitiu a entrada de comboios da ONU por outros dois pontos de acesso na fronteira com a Turquia.

Fonte: Agora RN

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